O Canal do Panamá
O canal do Panamá é uma grandiosa obra de engenharia que sempre tive vontade de conhecer. Aproveitei a conexão no Panamá quando viajava para a California para conhecer esta curiosa estrutura.
Sua construção iniciou-se em 1881, pelos franceses, com objetivo de facilitar o comércio marítimo internacional. A França, algumas décadas antes, já havia concluído da construção do Canal de Suez, e por isso acreditavam que conseguiriam fazer o mesmo na América Central. Entretanto, dois empecilhos prejudicaram sua conclusão: erro de engenharia e doenças tropicais.
Os franceses tentaram remover toda a terra e pedras para conectar diretamente o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, criando um canal ao nivel do mar. Entretanto, considerando a elevação que em alguns pontos chega a 130 metros, o volume de material a ser retirado era tão grande, que não se viabilizou. Seria necessário retirar mais de 120 milhões de metros cúbicos de material através de escavações, subestimado no início do projeto. O custo também foi subestimado. A incidência de chuvas frequentes (quase diárias) devido ao clima tropical retardavam o andamento do projeto e ainda destuiam o que estava sendo feito.
As doenças tropicais também atrapalharam o projeto. A Malária afetou severamente os trabalhadores. Muitos Japoneses e Chineses participaram da construção e foram acometidos por uma doença que passou a ser conhecida como Febre Amarela (afetava muito mais os orientais que os africanos e índios locais, e por isso o nome Febre Amarela). Mais de 20 mil trabalhadores morreram nesta fase.
O franceses suspenderam o projeto, mas em 1904 os Estados Unidos decidiram retomá-lo em outro modelo: utilizando eclusas. Assim, ao invés de retirar todo o material através de escavações, criar um lago artificial na parte mais alta, e “escadas” em ambos os lados para o trânsito. Com isso, o investimento seria muito menor e o canal ficaria pronto em menos tempo.
Assim foi feito e em 10 anos a obra foi concluída. Os navios passam por 3 níveis de elevação até chegar ao lago a 27 metros sobre o nível do mar, e após navegar algumas horas, chegam a outra sequência de 3 eclusas para descer até o oceano.
Os Estados Unidos mantiveram o controle do canal por muitos anos. Mantinham ali uma base militar pois a estrutura era de grande importância para sua economia. O canal era a principal conexão entre as costas leste e oeste dos Estados Unidos. Em 1999, passou ao controle do governo do Panamá, que com o pedágio cobrado construiu mais um conjunto de eclusas para navios maiores.
Para quem está de visita rápida ao Panamá, a melhor opção é conhecer as Eclusas Miraflores, no Oceano Pacífico, que está mais próximo do Aeroporto. Ali no centro de visitantes você deverá comprar a entrada e poderá ver de perto a movimentação dos navios. O processo nestas 3 eclusas em Miraflores dura cerca de 45 minutos e é um processo interessante de ver. A travessia completa pelos 77km do canal dura cerca de 10 horas.
Cada eclusa tem 300 metros de comprimento, 20 metros de largura e 20 metros de altura. As portas são em aço maciço, com 2 metros de espessura. Ali passam cerca de 14 mil embarcações por ano, movimentando mais de 200 milhões de toneladas anualmente.
No local também há um museu interessante com detalhes da construção, com a história do canal e sua importância a nível mundial.
Cada embarcação que utiliza o canal paga um pedágio, que para os navios maiores pode chegar a 300 mil dólares. Ainda assim, é muito mais barato que circundar a América do Sul, em uma viagem de 2 semanas percorrendo 20 mil km adicionais.
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